2006/03/30

Antropologia

Tanto esperas pelo teu Copérnico
Antropologia
… Quando antes dele a Terra era
O centro do Universo
Lamentavelmente continuas Etnocentrista
Tu ocidental já há muito que percebemos

Não és o centro de todo o pensamento
… No espaço e no tempo
Lamento teres pensado em primitivos
Encerrados nas trevas da mentalidade pré-lógica
Acusaste-os de obscurantismo
Tu encéfalo, bípede
Que te julgas moderno com roupagens

De outrora
Tu que elevaste barreiras de egoísmo

Erguidas contra a história

Tu Frazer que te imbuíste de Autoridade
Como o teu Ramo de Oiro foi banal
Assemelhaste a esses mapas

Elaborados por iluminadores que,
Apenas conheciam o Mediterrâneo
Onde lhe ficam as fronteiras?

Para ti, os outros, eram, comoventes selvagens,

Rodeados de superstições
De costumes pitorescos
A ciência não é uma vaca sagrada
Monstros de beleza inaudível

Em que o exótico faz as delícias dos ZZZZZ

Classificadores,
Apontadores de rubricas,
De ingenuidades que cobrem os espaços em branco

Com mundos de dragões
Inventam ilhas de Centauros

Querendo provar como Newcomb que os aviões Não poderiam Voar

Indignação das indignações
A psicoterapia lévi-straussiana
Aponta aquela gente, com,
O provavelmente – mais forte do que nós
Que desconcertante
Pensávamos ter a maior largueza
De espirito
Pensámos estar à beira do infinito
Sem fanatismo
Sem cepticismo
Queremos saber da magnitude
Da magia
Quarta dimensão!
TSF com Deus!
Estaremos prontos para tudo?
Sou mais crédulo
Mais crente
Então não é que esses selvagens

Conservaram o que a ciência redescobre?
Aqueles homenzinhos que acreditam
Na árvore-homem,
Esses mesmos!

Onde é que está o tradicional?
Observadores de luxo,
Dotados de considerações,
Ornamentados de Ignorância

O problema é capital
Espanto!
Outras formas de registar
Não às palavras-verbo
Palavras-substantivo,
Palavras-acontecimento, sim
Vejam que até os índios Hopi
Sabem aplicar o contínuo Espaço
Tempo
Certeza
Probabilidade
Imaginação

Repousemos portanto
Dêem lugar às infantilidades
Explosivas
Comuniquem à distância
Elevem-se no espaço
Anulem o peso
Libertem a energia da matéria

QUEM FOI QUE SE AFASTOU?

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