Em sinopse sentado
Levanto-me e canto
a um Deus
De novo encanto-me
com a luz
Foda-se não era
assim que era para
Ser
Ser! Ter!
Quero o espanto
que abala, derruba,
os feitores do Ter
Ter
que não sabe
se alguma vez é SER
Ser EU
Asfixiado na contabilização
do Ter
não abrange Eu Estar no Ser
Absorvido pela mesquinhez
de Ter
Quero a sensação arrojada
dos que comigo gritam
bem Alto
o encanto da procura
os que cantam a dor
Ter
Sem Ser
dor aguda, absurda
Foda-se eu quero ser.
RODRIGUES, Fernando (1996) – "À Emoção", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 53
2007/07/05
Silêncios
Foge à mediocridade desses sentimentos acanhados
Ama o que fazes de forma epidémica
Neste pungente grito de raiva e amor
A irreverência continua-me colada
Vestindo roupagens sedutoras
Desesperadamente em demanda
De poesia e de felicidade
Como de um calmo e balsâmico prazer,
Deixa-me procurar
Solta-me este inquieto levitar
Desobriga-me dos silêncios comprometidos
Ama o que fazes de forma epidémica
Neste pungente grito de raiva e amor
A irreverência continua-me colada
Vestindo roupagens sedutoras
Desesperadamente em demanda
De poesia e de felicidade
Como de um calmo e balsâmico prazer,
Deixa-me procurar
Solta-me este inquieto levitar
Desobriga-me dos silêncios comprometidos
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