
Enjaulo-me
No conceito da tua existência
Os que amo
Guardando-os em frascos
Catalogados de medos
Das ideias feitas
De outrora
Procura mente, observa
Sem julgar
As gaiolas dos
Que comigo brincaram
em crepúsculos alongados
da minha infância
que me ajudaram a talhar
o deus-homem-menino.
Sortilégio dourado
Os que adoram
Metais de passagem
Interrogados pelo medo de serem
Livres dentro de jaulas
Feitas por avós
Quisera-os derrubando a sapiência
Construída dos Igrejos
Que ao Domingo nos asfixiavam.
RODRIGUES, Fernando (1996) – "Igrejos", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 56.
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