Feiticeira de veredas
Cujos atalhos caminho com as palavras
Na tua boca contemplo o esconderijo do teu olhar
Louco pelo teu desejo,
Alimento misteriosamente este meu deslumbramento por ti
Génio de mãos inundadas de exaltação e calor
Flamas o meu espaço perpetuamente,
Como um cântico que voa sem tempo
Na torrente da tua vastidão,
Sulcam estilhaços de céu e paixão
Envolves-me com imperturbabilidade
Nesse suor da tua suavidade
Afastando a solidão fútil dos iguais
Trazendo significado motivado
Tens o dom de sanar a minha dor
São tuas as palavras que a paixão cria
É tua a luminosidade que me dá o teu sabor
É tua a existência que crias na poesia
2007/11/24
És
Gosto e Intenção
Paixão e Enleio;
Pretensão e Empenho
Propósito e Querer
Galante tentação de sede e vontade
O mundo dos adjectivos incendeia o meu espaço
Ininterruptamente…
Como uma canção que voa sem tempo
Nessa tua torrente de apologia
Nessa fogosidade de combate
Experimento
O teu rasgo impetuoso
O teu entusiasmo e querer,
Porque visitas o meu afecto e o meu desejo
É teu o meu desassossego, impetuoso, que deixa antever esta certeza metafísica:
É tua a existência que crias na poética
São tuas as palavras que a paixão cria
Fora do tempo, no lugar último
Sinto a erosão da tua ausência
Vêem-me à memória dolorosos espaços que não tive
Brilhos que não vivi
Contigo Sonho e acordo
Não é em vão que te percorro
Não é vão que te procuro
Tens a claridade de encher o mundo
Num sabor vasto e profundo
Porque me enleio com tranquilidade no suor da tua ternura?
Paixão e Enleio;
Pretensão e Empenho
Propósito e Querer
Galante tentação de sede e vontade
O mundo dos adjectivos incendeia o meu espaço
Ininterruptamente…
Como uma canção que voa sem tempo
Nessa tua torrente de apologia
Nessa fogosidade de combate
Experimento
O teu rasgo impetuoso
O teu entusiasmo e querer,
Porque visitas o meu afecto e o meu desejo
É teu o meu desassossego, impetuoso, que deixa antever esta certeza metafísica:
É tua a existência que crias na poética
São tuas as palavras que a paixão cria
Fora do tempo, no lugar último
Sinto a erosão da tua ausência
Vêem-me à memória dolorosos espaços que não tive
Brilhos que não vivi
Contigo Sonho e acordo
Não é em vão que te percorro
Não é vão que te procuro
Tens a claridade de encher o mundo
Num sabor vasto e profundo
Porque me enleio com tranquilidade no suor da tua ternura?
Quebradores de Pedras
Procuro os leitos cinzentos das estradas
Adormecidas
Na penumbra estrelada Ris!
Ris porque desenhas metáforas
Onde julgas que se movem as verdades
Ris porque acusas o vaso sagrado
Das coincidências
Incómodas hipóteses dos espaços,
Em branco
Alquimistas ávidos de futuro
Quebradores de pedras condenados
Onde todas as máscaras procuram
Um rosto
Incómodas hipóteses dos espaços,
Em branco
A matéria também usa a sua máscara
És o instrumento escondido
Carcereiro do fantástico sonhado
Onde está a partícula do ilimitado?
Adormecidas
Na penumbra estrelada Ris!
Ris porque desenhas metáforas
Onde julgas que se movem as verdades
Ris porque acusas o vaso sagrado
Das coincidências
Incómodas hipóteses dos espaços,
Em branco
Alquimistas ávidos de futuro
Quebradores de pedras condenados
Onde todas as máscaras procuram
Um rosto
Incómodas hipóteses dos espaços,
Em branco
A matéria também usa a sua máscara
És o instrumento escondido
Carcereiro do fantástico sonhado
Onde está a partícula do ilimitado?
Entropia
Não sou um realista
Não sou um intermediarista
Não sou um idealista
… Sou um procurista
Não me interessam os factos
Mas entre eles, as suas relações
Raspem as etiquetas
Do psiquicamente correcto (o como está agora em voga do politicamente correcto)
O que é uma coisa?
A ocupação humana estabelece
O critério
De que forma todas as aparências são todas enganadoras?
Serão?
Contíguos de tudo o que nos cerca
O que é tudo?
Ilhas de projecção
Não sou um intermediarista
Não sou um idealista
… Sou um procurista
Não me interessam os factos
Mas entre eles, as suas relações
Raspem as etiquetas
Do psiquicamente correcto (o como está agora em voga do politicamente correcto)
O que é uma coisa?
A ocupação humana estabelece
O critério
De que forma todas as aparências são todas enganadoras?
Serão?
Contíguos de tudo o que nos cerca
O que é tudo?
Ilhas de projecção
Nostalgia de Ti
Não posso, não quero, não sou capaz
De perder esta outra parte
De mim
Que és tu
Estou preso nesta dualidade
E achou-me louco!
Mas pedem-me para ser um louco
Sensato
Esta certeza metafísica
Não me deixa trocar a contemplação dos astros pela tua
– Alimentando uma alucinação violenta e misteriosa
Penetro saliências sem dimensão
E no meu olhar sinto a erosão
Da tua ausência
No laboratório da minha alma
Procuro o caminho
Nostálgico, ansioso, saudando
– Sonhando com a satisfação da minha fome,
Desse odor da mulher poema que tu és
- Incessantemente à espera
De perder esta outra parte
De mim
Que és tu
Estou preso nesta dualidade
E achou-me louco!
Mas pedem-me para ser um louco
Sensato
Esta certeza metafísica
Não me deixa trocar a contemplação dos astros pela tua
– Alimentando uma alucinação violenta e misteriosa
Penetro saliências sem dimensão
E no meu olhar sinto a erosão
Da tua ausência
No laboratório da minha alma
Procuro o caminho
Nostálgico, ansioso, saudando
– Sonhando com a satisfação da minha fome,
Desse odor da mulher poema que tu és
- Incessantemente à espera
Arrebatamento
Hoje,
Que envergas as roupagens sedutoras da celebração da tua existência
Leva-me a proferir que a tua luminosidade … é um hino ao amor
Hoje,
O calor é como um cântico que voa sem tempo
Hoje,
A magia uma vez mais afastou a futilidade dos iguais
Hoje,
Inundado de exaltação e mistério
Como de um calmo e balsâmico prazer
Acalento esse Deslumbramento Único
Hoje e sempre
A tua existência sana a minha pouca humildade
Hoje, como ontem
Celebro a demanda dessa poesia, dessa felicidade
Desse inquieto espaço que só génio mulher pode representar
Hoje,
O meu grito não é de admiração
Hoje,
O meu grito é de exaltação
Hoje,
É dia de poesia.
Que envergas as roupagens sedutoras da celebração da tua existência
Leva-me a proferir que a tua luminosidade … é um hino ao amor
Hoje,
O calor é como um cântico que voa sem tempo
Hoje,
A magia uma vez mais afastou a futilidade dos iguais
Hoje,
Inundado de exaltação e mistério
Como de um calmo e balsâmico prazer
Acalento esse Deslumbramento Único
Hoje e sempre
A tua existência sana a minha pouca humildade
Hoje, como ontem
Celebro a demanda dessa poesia, dessa felicidade
Desse inquieto espaço que só génio mulher pode representar
Hoje,
O meu grito não é de admiração
Hoje,
O meu grito é de exaltação
Hoje,
É dia de poesia.
Existência Mansa
Aliás
RODRIGUES, Fernando (1996) – "Existência Mansa", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, pp.
isso nem se usa
dizem, os mentores
das cadeiras burocráticas
dos seus dias, girando
da idiotice, amealhada
Fazedores - do comércio
em que a ternura
por ti
é razão absurda
na existência mansa
do ter
dizem, os mentores
das cadeiras burocráticas
dos seus dias, girando
da idiotice, amealhada
Fazedores - do comércio
em que a ternura
por ti
é razão absurda
na existência mansa
do ter
RODRIGUES, Fernando (1996) – "Existência Mansa", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, pp.
Entrevejo o Espanto
Não mates o espaço dionisíaco
O paraíso gritante
Dos olhares indiscretos
Que contaminam a diferença
A fusão total e exclusiva
Abismo de perda, Museu de horrores
Correntes de confidências
Manipuladores escolhendo a estrada
Da vitória
Sem artifícios !
O perigo é altíssimo
O prémio é sublime.
O paraíso gritante
Dos olhares indiscretos
Que contaminam a diferença
A fusão total e exclusiva
Abismo de perda, Museu de horrores
Correntes de confidências
Manipuladores escolhendo a estrada
Da vitória
Sem artifícios !
O perigo é altíssimo
O prémio é sublime.
À Beleza
Esta parte de outra
Que são as aparências
Que são as aparências
- intermediárias -
só encaram a dualidade
Pedem-me para ser um louco sensato
Mas esta certeza metafísica
Pedem-me para ser um louco sensato
Mas esta certeza metafísica
não me deixa trocar astros pela Bíblia
Provavelmente existe uma relação
2007/07/05
À Emoção
Em sinopse sentado
Levanto-me e canto
a um Deus
De novo encanto-me
com a luz
Foda-se não era
assim que era para
Ser
Ser! Ter!
Quero o espanto
que abala, derruba,
os feitores do Ter
Ter
que não sabe
se alguma vez é SER
Ser EU
Asfixiado na contabilização
do Ter
não abrange Eu Estar no Ser
Absorvido pela mesquinhez
de Ter
Quero a sensação arrojada
dos que comigo gritam
bem Alto
o encanto da procura
os que cantam a dor
Ter
Sem Ser
dor aguda, absurda
Foda-se eu quero ser.
RODRIGUES, Fernando (1996) – "À Emoção", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 53
Levanto-me e canto
a um Deus
De novo encanto-me
com a luz
Foda-se não era
assim que era para
Ser
Ser! Ter!
Quero o espanto
que abala, derruba,
os feitores do Ter
Ter
que não sabe
se alguma vez é SER
Ser EU
Asfixiado na contabilização
do Ter
não abrange Eu Estar no Ser
Absorvido pela mesquinhez
de Ter
Quero a sensação arrojada
dos que comigo gritam
bem Alto
o encanto da procura
os que cantam a dor
Ter
Sem Ser
dor aguda, absurda
Foda-se eu quero ser.
RODRIGUES, Fernando (1996) – "À Emoção", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 53
Silêncios
Foge à mediocridade desses sentimentos acanhados
Ama o que fazes de forma epidémica
Neste pungente grito de raiva e amor
A irreverência continua-me colada
Vestindo roupagens sedutoras
Desesperadamente em demanda
De poesia e de felicidade
Como de um calmo e balsâmico prazer,
Deixa-me procurar
Solta-me este inquieto levitar
Desobriga-me dos silêncios comprometidos
Ama o que fazes de forma epidémica
Neste pungente grito de raiva e amor
A irreverência continua-me colada
Vestindo roupagens sedutoras
Desesperadamente em demanda
De poesia e de felicidade
Como de um calmo e balsâmico prazer,
Deixa-me procurar
Solta-me este inquieto levitar
Desobriga-me dos silêncios comprometidos
2006/11/08
A Edgar Poe
Apóstolos da excepção!
Mistificadores do improvável!
Adoradores de Sargaços celestes
Derrubadores de ortodoxias
- Dai as mãos
O estabelecido; o definido; o classificado
- Um atentado
Pobres de espírito rodeados de respeitosas atenções
Escribas do insólito
Bicéfa-los do real-irreal
Material-imaterial
Solúvel-insolúvel
Contínuo-descontínuo
Oscilo entre o dormir e o velar
E quero acreditar que velo enquanto durmo
O que adormeço?
Mistificadores do improvável!
Adoradores de Sargaços celestes
Derrubadores de ortodoxias
- Dai as mãos
O estabelecido; o definido; o classificado
- Um atentado
Pobres de espírito rodeados de respeitosas atenções
Escribas do insólito
Bicéfa-los do real-irreal
Material-imaterial
Solúvel-insolúvel
Contínuo-descontínuo
Oscilo entre o dormir e o velar
E quero acreditar que velo enquanto durmo
O que adormeço?
2006/05/08
Soutien
Antes que as trombetas do anjo Gabriel
Ou o anúncio do fim do Mundo
De algum pregador para o próximo domingo
Vos seduza
Misturem bem no almofariz de ágata
A paciência
A humildade de serem vós próprios
Que, no laboratório
Das vossas masturbações intelectuais
Se embrenhem desprovidos do fio de Ariana
Clarão, doce clarão
É urgente extraIR O TEMPO
Planetários de mil agonias
Desatem o nó górdio do sentir
Ávido de futuro espirito
Pecadores de inéditos
Extraviai-vos
Falem ao moscardo da vigília
Para que não vos deixem oscilar
Entre o dormir e o velar
Recusem essa espécie de soutien mental
Ou o anúncio do fim do Mundo
De algum pregador para o próximo domingo
Vos seduza
Misturem bem no almofariz de ágata
A paciência
A humildade de serem vós próprios
Que, no laboratório
Das vossas masturbações intelectuais
Se embrenhem desprovidos do fio de Ariana
Clarão, doce clarão
É urgente extraIR O TEMPO
Planetários de mil agonias
Desatem o nó górdio do sentir
Ávido de futuro espirito
Pecadores de inéditos
Extraviai-vos
Falem ao moscardo da vigília
Para que não vos deixem oscilar
Entre o dormir e o velar
Recusem essa espécie de soutien mental
2006/04/18
Igrejos
Enjaulo-me
No conceito da tua existência
Os que amo
Guardando-os em frascos
Catalogados de medos
Das ideias feitas
De outrora
Procura mente, observa
Sem julgar
As gaiolas dos
Que comigo brincaram
em crepúsculos alongados
da minha infância
que me ajudaram a talhar
o deus-homem-menino.
Sortilégio dourado
Os que adoram
Metais de passagem
Interrogados pelo medo de serem
Livres dentro de jaulas
Feitas por avós
Quisera-os derrubando a sapiência
Construída dos Igrejos
Que ao Domingo nos asfixiavam.
RODRIGUES, Fernando (1996) – "Igrejos", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 56.
2006/04/05
Putas
Caminho de putas
que tragam
deliciosa, juventude
dissipada nas noites
Mulheres que cresceram
mordendo a lua
dos outros
Livres do corpo
que tratam ofendidas
pela tesão de alguém
Experimentando o fingimento
peculiar do preço facturado
onde a marca da diferença
auto-erótica
violenta e misteriosa
alimenta a alucinação
dos que querem , apagar
os seus receios históricos
Há um obstáculo
uma recusa
do encanto de paredes frágeis
que desencadeia a viagem
esfomeada insultando
a heroína do desejo
Gurus ocasionais
do contínuo
Afrodites de rosto contraído
em que o sono mistura
metamorfoses orgiásticas
Procurei a raiz
da tua essência
foi agredido
Procurei, encontrei
ausência
Manjar de Deuses
acolhe-me
Procurei no seio
da tua, minha
loucura
Néctar
Arranca em mim
esta dor
RODRIGUES, Fernando (1996) – "Putas", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 54.
que tragam
deliciosa, juventude
dissipada nas noites
Mulheres que cresceram
mordendo a lua
dos outros
Livres do corpo
que tratam ofendidas
pela tesão de alguém
Experimentando o fingimento
peculiar do preço facturado
onde a marca da diferença
auto-erótica
violenta e misteriosa
alimenta a alucinação
dos que querem , apagar
os seus receios históricos
Há um obstáculo
uma recusa
do encanto de paredes frágeis
que desencadeia a viagem
esfomeada insultando
a heroína do desejo
Gurus ocasionais
do contínuo
Afrodites de rosto contraído
em que o sono mistura
metamorfoses orgiásticas
Procurei a raiz
da tua essência
foi agredido
Procurei, encontrei
ausência
Manjar de Deuses
acolhe-me
Procurei no seio
da tua, minha
loucura
Néctar
Arranca em mim
esta dor
RODRIGUES, Fernando (1996) – "Putas", in BOSQUE FLUTUANTE – o vírus na rede dos camaleões, Colectânea de 12 autores. Ed. Minerva, p. 54.
2006/03/31
Anjo-do-Bizarro
A civilização é uma conspiração
Descrevam o extravagante e o maravilhoso
Da topografia, das armas frequentemente utilizadas,
Em prol dos raciocínios correntes
… É o desdém e os risos que os acompanham
Espanta-me as focas tímidas possuídas pelo delírio enciclopédico
O mundo precisa deles
… Das realidades condenadas dos factos excluídos
Brilha-me ao longe os faróis de Anjo
Sinto-me acanhado neste sistema
Quem fabrica a bússola para a navegação
… Do lado de lá, do outro lado!
Quem é o desenhador?
O puzzle dos mundos escondidos atrás? À frente? Deste mundo!
Necessito de cada folha da árvore imensa do fantástico
Pavoroso, ridículo
Antidogmático - dizem-me!
Repouso os olhos e procuro compreende-los
Não faço do absurdo um ídolo
Procuro os prodígios dos mistérios
Sinto-se persuadido
Excito-me
Na minha fútil imodéstia
Procuro um sinal de ti
Colericamente afirmo:
Há mais qualquer coisa!
Descrevam o extravagante e o maravilhoso
Da topografia, das armas frequentemente utilizadas,
Em prol dos raciocínios correntes
… É o desdém e os risos que os acompanham
Espanta-me as focas tímidas possuídas pelo delírio enciclopédico
O mundo precisa deles
… Das realidades condenadas dos factos excluídos
Brilha-me ao longe os faróis de Anjo
Sinto-me acanhado neste sistema
Quem fabrica a bússola para a navegação
… Do lado de lá, do outro lado!
Quem é o desenhador?
O puzzle dos mundos escondidos atrás? À frente? Deste mundo!
Necessito de cada folha da árvore imensa do fantástico
Pavoroso, ridículo
Antidogmático - dizem-me!
Repouso os olhos e procuro compreende-los
Não faço do absurdo um ídolo
Procuro os prodígios dos mistérios
Sinto-se persuadido
Excito-me
Na minha fútil imodéstia
Procuro um sinal de ti
Colericamente afirmo:
Há mais qualquer coisa!
Universos Paralelos
… Acreditar em tudo!
Que bestialidade
Mas acredito que tudo deve ser examinado
(é a observação de factos duvidosos que dá aos factos verdadeiros a sua mais ampla expressão)
Revejam as omissões
Aceitam o risco de passarem por Anormais perante os inquisidores
Sabiam que muitos factos conotados de escandalosos são muito nutritivos?
Débeis, alérgicos, prescridores
Positivistas que rodeiam a inteligência como a ignorância rodeada de risos
Horror! Loucura! Bruxaria! Abominável!
… Execuções reinantes
Encham de devaneios aeródromos Improvisados
Que bestialidade
Mas acredito que tudo deve ser examinado
(é a observação de factos duvidosos que dá aos factos verdadeiros a sua mais ampla expressão)
Revejam as omissões
Aceitam o risco de passarem por Anormais perante os inquisidores
Sabiam que muitos factos conotados de escandalosos são muito nutritivos?
Débeis, alérgicos, prescridores
Positivistas que rodeiam a inteligência como a ignorância rodeada de risos
Horror! Loucura! Bruxaria! Abominável!
… Execuções reinantes
Encham de devaneios aeródromos Improvisados
2006/03/30
Antropologia
Tanto esperas pelo teu Copérnico
Antropologia
… Quando antes dele a Terra era
O centro do Universo
Lamentavelmente continuas Etnocentrista
Tu ocidental já há muito que percebemos
Não és o centro de todo o pensamento
… No espaço e no tempo
Lamento teres pensado em primitivos
Encerrados nas trevas da mentalidade pré-lógica
Acusaste-os de obscurantismo
Tu encéfalo, bípede
Que te julgas moderno com roupagens
De outrora
Tu que elevaste barreiras de egoísmo
Erguidas contra a história
Tu Frazer que te imbuíste de Autoridade
Como o teu Ramo de Oiro foi banal
Assemelhaste a esses mapas
Elaborados por iluminadores que,
Apenas conheciam o Mediterrâneo
Onde lhe ficam as fronteiras?
Para ti, os outros, eram, comoventes selvagens,
Rodeados de superstições
De costumes pitorescos
A ciência não é uma vaca sagrada
Monstros de beleza inaudível
Em que o exótico faz as delícias dos ZZZZZ
Classificadores,
Apontadores de rubricas,
De ingenuidades que cobrem os espaços em branco
Com mundos de dragões
Inventam ilhas de Centauros
Querendo provar como Newcomb que os aviões Não poderiam Voar
Indignação das indignações
A psicoterapia lévi-straussiana
Aponta aquela gente, com,
O provavelmente – mais forte do que nós
Que desconcertante
Pensávamos ter a maior largueza
De espirito
Pensámos estar à beira do infinito
Sem fanatismo
Sem cepticismo
Queremos saber da magnitude
Da magia
Quarta dimensão!
TSF com Deus!
Estaremos prontos para tudo?
Sou mais crédulo
Mais crente
Então não é que esses selvagens
Conservaram o que a ciência redescobre?
Aqueles homenzinhos que acreditam
Na árvore-homem,
Esses mesmos!
Onde é que está o tradicional?
Observadores de luxo,
Dotados de considerações,
Ornamentados de Ignorância
O problema é capital
Espanto!
Outras formas de registar
Não às palavras-verbo
Palavras-substantivo,
Palavras-acontecimento, sim
Vejam que até os índios Hopi
Sabem aplicar o contínuo Espaço
Tempo
Certeza
Probabilidade
Imaginação
Repousemos portanto
Dêem lugar às infantilidades
Explosivas
Comuniquem à distância
Elevem-se no espaço
Anulem o peso
Libertem a energia da matéria
QUEM FOI QUE SE AFASTOU?
Antropologia
… Quando antes dele a Terra era
O centro do Universo
Lamentavelmente continuas Etnocentrista
Tu ocidental já há muito que percebemos
Não és o centro de todo o pensamento
… No espaço e no tempo
Lamento teres pensado em primitivos
Encerrados nas trevas da mentalidade pré-lógica
Acusaste-os de obscurantismo
Tu encéfalo, bípede
Que te julgas moderno com roupagens
De outrora
Tu que elevaste barreiras de egoísmo
Erguidas contra a história
Tu Frazer que te imbuíste de Autoridade
Como o teu Ramo de Oiro foi banal
Assemelhaste a esses mapas
Elaborados por iluminadores que,
Apenas conheciam o Mediterrâneo
Onde lhe ficam as fronteiras?
Para ti, os outros, eram, comoventes selvagens,
Rodeados de superstições
De costumes pitorescos
A ciência não é uma vaca sagrada
Monstros de beleza inaudível
Em que o exótico faz as delícias dos ZZZZZ
Classificadores,
Apontadores de rubricas,
De ingenuidades que cobrem os espaços em branco
Com mundos de dragões
Inventam ilhas de Centauros
Querendo provar como Newcomb que os aviões Não poderiam Voar
Indignação das indignações
A psicoterapia lévi-straussiana
Aponta aquela gente, com,
O provavelmente – mais forte do que nós
Que desconcertante
Pensávamos ter a maior largueza
De espirito
Pensámos estar à beira do infinito
Sem fanatismo
Sem cepticismo
Queremos saber da magnitude
Da magia
Quarta dimensão!
TSF com Deus!
Estaremos prontos para tudo?
Sou mais crédulo
Mais crente
Então não é que esses selvagens
Conservaram o que a ciência redescobre?
Aqueles homenzinhos que acreditam
Na árvore-homem,
Esses mesmos!
Onde é que está o tradicional?
Observadores de luxo,
Dotados de considerações,
Ornamentados de Ignorância
O problema é capital
Espanto!
Outras formas de registar
Não às palavras-verbo
Palavras-substantivo,
Palavras-acontecimento, sim
Vejam que até os índios Hopi
Sabem aplicar o contínuo Espaço
Tempo
Certeza
Probabilidade
Imaginação
Repousemos portanto
Dêem lugar às infantilidades
Explosivas
Comuniquem à distância
Elevem-se no espaço
Anulem o peso
Libertem a energia da matéria
QUEM FOI QUE SE AFASTOU?
Faz-me Rir
A porta do riso é um animal,
Que da infindável galeria
Dos que sabem rir até da vontade de rir
Rir encurta esta distância humana
Não fiques indiferente
Não perturbes a futilidade do rir
Naquele espaço grego
Aristófanes bem o sabia
Eu sei o tempo que distrais com ele
Moliére também o sabia
Ri, que temos o dom do sarcasmo
Rir, recipiente de travessuras
És o altar ego da inteligência humana
O real e a ilusão estão juntos – ri
Ri porque se desenham metáforas
Onde se movem verdades
Ris porque acusas as realidades indecorosas
Ris das contradições de um modus vivendis
Ris do quotidiano
Ris porque a personagem cómica te faz rir
Ris porque sim
Rir é uma graça concedida
O sim da vida
Faz-me rir
Que da infindável galeria
Dos que sabem rir até da vontade de rir
Rir encurta esta distância humana
Não fiques indiferente
Não perturbes a futilidade do rir
Naquele espaço grego
Aristófanes bem o sabia
Eu sei o tempo que distrais com ele
Moliére também o sabia
Ri, que temos o dom do sarcasmo
Rir, recipiente de travessuras
És o altar ego da inteligência humana
O real e a ilusão estão juntos – ri
Ri porque se desenham metáforas
Onde se movem verdades
Ris porque acusas as realidades indecorosas
Ris das contradições de um modus vivendis
Ris do quotidiano
Ris porque a personagem cómica te faz rir
Ris porque sim
Rir é uma graça concedida
O sim da vida
Faz-me rir
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